sexta-feira, 8 de julho de 2011

Pokémon no Panda Biggs - Início do Festival de Folha Verde

Hoje foi o início do Festival da Aldeia da Folha Verde. Ou melhor, não foi bem o início do festival, foi mais o início do arco de episódios à volta da Aldeia de Folha Verde. O título era "A Estratégia Começa Em Casa!". Este episódio é daqueles que tem uma premissa nada excitante a meu ver: não há muita Team Rocket à mistura, é à volta de uma aldeia que não tem assim nada de excitante e a ideia de um combate entre a Dawn e a mãe não é assim tão excitante... No entanto, fiquei agradavelmente surpreendido com o episódio. Tinha muitos pormenores muito bons e passou incrivelmente rápido. Quando acabou, nem acreditei que já estava a acabar! Os escritores conseguem pôr os Totós bem mais interessantes do que o que eles eram no passado. Há episódios em que só a Team Rocket é que salva o episódio de ser lixo - como Portugal! Felizmente isso não se passa em Sinnoh.

Há muito a dizer relativamente às vozes. Vou já despachar a Team Rocket: as poucas cenas deles estavam surpreendentemente bem interpretadas, a qualidade estava muito superior ao que normalmente costuma ser, pelo menos foi o que me pareceu. Não percebi bem onde é que estava a diferença, mas a verdade é que estavam algo diferentes - estavam mesmo muito boas, e não o digo da boca para fora! Principalmente a Jessie e o Meowth, havia qualquer coisa diferente nas vozes deles.

A Johanna estava óptima, interpretada pela Ângela Marques. Vê-se que é uma actriz com muita experiência, não reparei em vez nenhuma em que falhasse, o que é muito difícil numa série como esta. Também a Noelle estava muito fixe, pela Rute Pimenta.

Tivemos uma aparição por parte do Professor Oak e outra por parte da Delia. Ainda não me habituei assim muito bem à nova voz do Oak - Ivo Bastos, acho -, é uma voz baseada na versão inglesa, ao invés de ser baseada na voz antiga dele, do Rui Quintas. Naturalmente que era muito difícil ser melhor que o Rui Quintas, se há personagem em que o Rui Quintas brilhava sempre era no Professor Oak. Por muitos episódios de distância que fossem, o Rui Quintas não oscilava na voz (o que não acontecia com outras personagens, o James, apesar de tudo, teve registos muito diferentes em diferentes temporadas) e dava sempre aquela voz séria e de senhor inteligente e simpático ao Oak. A voz inglesa é um pouco a dar privilégio APENAS à parte de humor do Professor. Enquanto a voz portuguesa não é tão "a tentar ser uma voz engraçada" como a voz inglesa, a verdade é que não tem o toque o Rui Quintas, e talvez por isso eu ainda não me tenha habituado à voz. É muito possível que eu me habitue à voz na próxima 2ªfeira, já que o Professor Oak vai ter um episódio em que está em destaque. Vamos ver.

E a Delia Ketchum. Fiquei muito agradado com a nova voz dela, gostei bastante e estava como a Delia deve ser. Era Isabel Queirós. Nós com a Delia tivemos muitas dobradoras, mas as que me saltam mais à cabeça são três: Helena Montez, Isabel Ribas e Sandra de Castro. A Helena Montez era brutal até mais não enquanto Delia, adorava a ingenuidade com que a Delia dizia as coisas, mantendo sempre uma seriedade engraçada. Depois a Isabel Ribas era melhor enquanto mãe preocupada - é verdade que todos os momentos dela eram mais sérios, foi mãe no filme 3 e nos últimos episódios da Fronteira de Batalha. E a Sandra de Castro era aquela oscilação: no fim do Master Quest teve uma voz muito fixe (muito parecida com a voz da Isabel Queirós de agora enquanto Delia!), mas depois quando apareceu nos primeiros episódios de Sinnoh a voz estava 100% diferente, muito mais séria - demais! E mais grossa. Agora é ver quando a Delia volta a aparecer, para aí daqui a 200 episódios. A voz estava boa, tinha o tom ingénuo que a Delia deve ter.

Em relação ao resto, achei graça aos velhos Izzy e Cara, naquele "Parece-me bem" e "Não tenho a certeza", estava engraçado. O Brock também estava muito fixe, as cenas dele com a Noelle não perdiam a graça.

Relativamente à tradução, esta estava, como sempre, muito boa. Houve uma cena muito gira, quando a Team Rocket estava a falar das canas de pesca e aparece lá o novo patrão deles e a Jessie diz "Não, estávamos a falar de bananas". É daqueles pedaços de diálogo que não fazem muito sentido mas que fazem uma pessoa rir-se, achei engraçado. Mas houve algo que pode ser um erro. O Ash fez referência ao Heracross e ao Bulbasaur, o que por si só é óptimo, mas falou neles como no passado, isto é, como se eles já não fossem dele. Dizia coisas como "tive", "andavam", etc. Claro que uma pessoa pode ilibar isto do seu estatuto enquanto erro, sempre posso dizer que ele estava a falar desta forma porque eles já não estão com ele, estão com o Professor Oak. Mas a verdade é que eles ainda aparecem volta e meia. Pronto, há que ter cuidado no futuro com as referências aos Pokémon antigos das personagens, principalmente com o Ash, já que ele ainda tem muitos dos seus antigos Pokémon, estão é com o Oak.

Pronto, fico por aqui. Reconheço que tenho feito artigos muito longos, talvez isso impeça um pouco as pessoas de ler, mas a verdade é que há tanto para ser dito! Podia falar ainda da animação (que estava brilhante, principalmente no combate da Johanna com a Dawn), da história e assim. Ah, já agora, achei muita graça à Dawn na cena em que ela fala do Professor Oak como "homem da poesia". Fico por aqui.

7 comentários:

  1. XD não me importava de ter comentários assim para todos os episódios, só queria dizer que fiquei também muito triste quando Ash referiu o Heracross e o bulbasaur como pokemons do passado pois também fico um pouco incomodado pela maneira como Ash esquece os grandes pokemons que já teve...Acho que os pokemon antigos do ash deviam aparecer deves em quando ate mesmo quando Ash fala com o Prof. Oak pela televisão...

    ASS: Alexandre Carvalho

    ResponderEliminar
  2. Eu adorei o episódio. Brilhante. É daqueles episódios que não contam adicionam nada à história mas que fazem falta para enriquecer as personagens. É que os japoneses parecem esquecer-se disto. Para eles, todos os episódios servem para contar uma história, mas deviam preocupar-se mais com as personagens pois elas são humanas, e como humanos têm uma casa, família, amigos e, mais importante, memória (algo que os japoneses devem ter pouco). O Ash parece sempre nunca ter passado, faz-me sentir que assisto à série desde 1999 para nada, já que todas as aventuras passadas são esquecidas pelo Ash e co. Por isto fico muito contente quando há referências ao passado ou à mãe do Ash. Neste episódio até achei comovente a aparição da Delia e a referência ao Heracross (fantástico! O Ash ainda se lembra que teve um Heracross!).

    Também achei a animação do combate brilhante. Repararam que o campo de combate estava em 3D?

    A voz do professor Oak também achei esquisito mas habituo-me, como sempre.

    Estou ansioso pelos próximos episódios e gostava de ver mais das mães do Ash, da Dawn, do Oak e de todas as outras personagens que acompanhámos durante tanto tempo.

    ResponderEliminar
  3. Quanto à parte da memória, Spirit, acredita que os japoneses têm muita má memória. Acho que foi por volta da altura em que este episódio deu no Japão que o Dogasu (Um americano que ensina inglês no Japão, fã da série) pergunta a algumas crianças (Não me lembro bem das idades) se sabiam que eram as mães do Ash e da Dawn. Poucos deles sabiam quem era. E outra coisa, no Japão as novas sagas são tratadas como séries completamente novas, por isso é que referências ao passado são muito invulgares, mas acontecem.

    ResponderEliminar
  4. Já me tinhas contado isso deles não se lembrarem das mães deles XD Que vergonha.

    ResponderEliminar
  5. "Agora é ver quando a Delia volta a aparecer, para aí daqui a 200 episódios."

    Que exagero, ptoldman!

    A Delia aparece daqui a 56 episódios, precisamente quando a série "Pokémon Black and White" estreia.

    ResponderEliminar
  6. Perdão, acrescento mais uma coisa:

    Não percebi aquilo do "TIVE um Heracross". É erro de tradução?

    ResponderEliminar
  7. «Há episódios em que só a Team Rocket é que salva o episódio de ser lixo - como Portugal!» - venho por este meio expressar o meu descontentamento pela forma humilhante com que é tratado o nosso país nesta expressão. Foi umas das poucas coisas péssimas que tive de ler neste excelente blogue. Portugal pode passar um mau momento da sua história, pode não ser o país mais perfeito do mundo, mas está bem longe de ser o mais imperfeito! Considero um erro tremendo teres repetido aquilo que agências de rating macacas (para não dizer pior!) falam de um dos países mais fascinantes do mundo, com cerca de 8 séculos de história estupenda, monumentos e paisagens fenomenais e um povo que pode ter graves defeitos, mas também um enorme potencial humano; em suma, um país que tem muitas coisas boas e que apaixona muita gente de fora! >:)
    Sugiro-te que alteres a expressão para «Há episódios em que só a Team Rocket é que salva o episódio de ser lixo - como os nossos governantes!»; quem merece ser chamado de lixo são eles, não Portugal! >:(

    ResponderEliminar